Moradores reclamam de poeira, lixo, escorpiões e dengue

Moradores reclamam de poeira, lixo, escorpiões e dengue

Moradores das ruas João Casela e Francisco Nicolau, no Jardim Montagnani, reclamam da poeira levantada pelo trânsito de veículos na estrada de terra que liga a Avenida Darwin do Amaral Viegas com o bairro rural Água Branca. De acordo com as pessoas que moram próximas, há dias que a poeira é tanta que suja até as roupas estendidas no varal.

“Não podemos colocar roupa no varal, porque sai cheia de terra. De dia e a noite inteira a casa precisa ficar fechada. Meu neto veio em casa, passou mal pela poeira e precisou procurar o hospital de madrugada para fazer inalação”, conta Eugênia Ferrarezi, moradora do bairro há mais de 30 anos.

Emília Rodrigues dos Santos pede que alguma providência seja tomada para solucionar o caso: “sentimos muita queimação no nariz, dor de cabeça e não conseguimos deixar nada limpo. Tudo tem pó. Essa estrada aqui ou tem que fechar ou tem que asfaltar. Não adianta colocar cascalho e jogar água, porque logo está seco de novo”.

Moradora na esquina mais próxima a estrada de terra, Marlene Santos Araújo afirma que o problema se agravou após a ocupação do bairro ao lado. “No começo não era tanto pó, mas agora tem um grande fluxo de veículos, depois que foi feito o outro bairro (Engenheiro José Carlos Barrichelo – CDHU). Não asfaltaram aqui e todo mundo usa a estrada. Nós não dormimos direito. Tenho dois filhos e tenho que ficar comprando remédio e fazendo inalação por causa do pó. Nenhuma autoridade está fazendo nada por nós, estamos largados.”

Outro problema enfrentado por Marlene, moradora do bairro há 9 anos, é com animais peçonhentos. “O que eu mais sofro é com insetos, ratos, escorpiões, cobras, além da poeira”, diz a moradora, que tem em um pote com álcool vários escorpiões que apareceram em sua casa.

De acordo com os moradores, os insetos surgem do lixo e entulho que é jogado na estrada. Recentemente parte do lixo foi encoberto por terra, mas a montanha de sofás e sacos de lixo passa de três metros e altura. O lixo e material inservível servem também de criadouro para o mosquito transmissor da dengue. Como resultado surge vários casos da doença.

“A família inteira do meu vizinho está com dengue. Minha irmã me disse que foi na Unimed depois de procurar o Pronto Socorro daqui (Rio das Pedras) e não encontrar nenhuma estrutura, sem especialista, e em Piracicaba também constatou que ela está com dengue. Eu levei minha neta no médico também, que está com gripe por causa da poeira, e no hospital daqui me disseram que não tem pediatra na cidade, que eu teria que agendar consulta para ela no mês que vem. Mas ela está doente agora”, relata Aparecida Damasceno Prado.

Resposta da Prefeitura
Questionada, a Prefeitura informou que “a Secretaria de Obras constantemente faz manutenções de todos os tipos nas estradas rurais. Porém, em épocas de estiagem e poucas chuvas, pode acontecer de o local ter mais poeira até pelo uso constante de moradores da região”. Não há nenhuma previsão para ao menos amenizar o problema dos moradores com a poeira.

Quanto ao material descartado de forma irregular, o Executivo afirma que será recolhido em operações de limpeza – a próxima deve ocorrer sábado, nas margens da estrada rural. Mas, não há monitoramento para coibir o crime ambiental no local, nem há estudos para instalar câmeras de vigilância. “O setor de fiscalização foi alertado para evitar que se jogue lixo no local inapropriado, inclusive com o auxílio da Guarda Civil Municipal para monitoramento da área”, finaliza a nota.

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