Cadeirante tem dificuldades com transporte oferecido pela Prefeitura

Cadeirante tem dificuldades com transporte oferecido pela Prefeitura

Zelina Passos Correia tem enfrentado dificuldade para levar sua filha de 19 anos para atendimento médico devido à falta de transporte adequado. A jovem é portadora de enfermidade neurológica e comorbidades permanentes conhecida como miopatia de Bethlem tipo 1. Esta doença causa a Distrofia Muscular Congênita Ulrich tipo 1, de progressão lenta.

A mãe diz que vem solicitando à Prefeitura de Rio das Pedras o transporte especial para sua filha Karine já faz bastante tempo, mas a prefeitura, de acordo com ela, alega que não há transporte para atender toda população, mesmo ela tendo os relatórios médicos e do fisioterapeuta. Afirma que também procurou um dos vereadores em busca de ajuda, mas ele “me mandou ir ao Fórum”.

Karine nasceu com a enfermidade. Até os sete anos, andava, porém caía muito. Com o tempo a distrofia muscular atingiu as pernas e braços. “Ficaram rigidos e ela não consgue mais esticá-los”, contou a mãe.

O transporte especial seria para levar Karine à fisioterapia e às consultas médicas, realizadas em Piracicaba.

Em resposta à Gazeta de Piracicaba, o Departamento de Comunicação da Prefeitura afirmou que a Prefeitura vem fornecendo o transporte para a paciente citada até seus tratamentos há algum tempo. “Porém, em algumas ocasiões o transporte é fornecido em carro normal, já que a van adaptada para transportar pessoas com o sistema “Elevar” também atende a outros pacientes e pode ter algum conflito de agenda.”

Zelina Correia confirmou que a Prefeitura fornece transporte, mas muitas vezes não é o adequado. “Hoje (quinta-feira, dia 5) mandaram um carro comum. O transporte com sistema Elevar é um direito do paciente com deficiência. Mas não estão nem aí, não estão na nossa pele”, lamenta.

A mãe afirma que passa todo início do mês a agenda de atendimento médico da filha para o mês corrente e assim a Prefeitura possa se programar quanto ao transporte.
Quanto é utilizado um carro comum, é preciso carregar a jovem paciente da cadeira para o assento do veículo. “Na maioria das vezes quem faz isso é meu marido, que deixa de trabalhar para levar ela, uma vez que estou com dificuldades de carregar ela. Mas nossa filha tem muitos gastos e meu marido precisa trabalhar (ele é autônomo). Nós usamos o transporte da Prefeitura mais para as fisioterapias. Nas consultas a gente costuma levar”, finalizou Zelina.

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