Moradores questionam obras na Rua Prof.ª Carolina Mendes Thame

Moradores questionam obras na Rua Prof.ª Carolina Mendes Thame

Há pouco mais de uma semana tiveram início obras na Rua Prof.ª Carolina Mendes Thame, no Recanto Universitário. O trecho que tem recebido intervenção está após a portaria do Condomínio Chácaras União. No local, foram retiradas calçada e área verde.

Questionado, o Departamento de Comunicação da Prefeitura afirmou que está sendo realizada uma “obra provisória de limpeza para demarcação e levantamento topográfico para possível asfaltamento”.

“A Associação de Moradores do Loteamento Chácaras União vem reivindicando melhorias de infraestrutura na Rua Carolina MendesThame desde 2016, no trecho compreendido no fundo da Quadra G do loteamento, com uma extensão de aproximadamente 300 metros. No dia 30 de agosto foi iniciada abertura deste trecho.

A rua está liberada sem a mínima condição de passagem de veículos e pedestres. Foi realizado somente a movimentação de terra, trecho da rua elevado com até 1,50 metro mais alto que a calçada. Isso oferece risco de acidentes, deslizamento do talude e inundação das casas neste local. Os moradores deste trecho estão indignados e preocupados com a situação. Foi retirada a camada vegetal que protegia a calçada e não temos data de quando será solucionado o problema. É uma situação grave e iminente a todos envolvidos”, destacou Damião Carlos dos Santos, diretor-presidente da Associação.

Questionada, a Prefeitura não deixou claro se há projeto da obra ou não, muito menos se a obra é executada pela Administração Municipal ou pela iniciativa privada. Ao mesmo tempo que informa haver projeto para recomposição da calçada e área verde do Chácaras União, afirma que o projeto ainda não definiu se haverá sistema de escoamento de água pluvial.

“É profunda minha indignação com os estragos provocados à natureza, especificamente, na divisa externa da minha residência e das demais casas situadas neste costado. Os estragos à natureza e a vegetação que margeava a cerca divisória foram provocados odiosamente por máquinas pesadas (trator de esteira) que retiraram toda a vegetação que protegia a cerca das erosões, sem quaisquer planejamentos, tampouco reflorestamento ou alertas – fato que, induvidosamente, pode acarretar eventual desmoronamento e vítimas fatais, decorrente das águas pluviais”, alertou o morador Luiz Renato Ragni, servidor público federal.

A cobertura vegetal a que se refere Ragni evitava erosão da área verde do condomínio, de acordo com projeto de implementação do condomínio devidamente aprovado pela Prefeitura de Rio das Pedras.

Além dos riscos às residências, existe a possibilidade de assoreamento da nascente que há junto a APP (Área de Proteção Permanente) existente ao final da Rua Prof.ª Carolina Mendes Thame. A movimentação de solo realizada pode causar danos ambientais.

“A preocupação é especificamente com o cuidado com relação ao encaminhamento das águas pluviais na Rua Carolina Mendes Thame. Por isso a importância da transparência a respeito do projeto que está sendo implementado e do acompanhamento da obra por parte da Prefeitura, para garantir que o escoamento das águas pluviais não se dê diretamente para dentro das casas já construídas”, completou a moradora Érica Speglich.

Invasão de rua
Próximo à intervenção feita na Rua Prof.ª Carolina Mendes Thame, outra situação gera questionamentos. Na Rua Julieta Turchi de Morais, um dos proprietários de área instalou cerca para delimitar sua propriedade. Contudo, de acordo com levantamento topográfico, houve avanço em 7 metros pelo leito carroçável da via pública ao longo de 140 metros.

A Rua Julieta Turchi de Morais é a mais longa do Loteamento Haras Taquaral, com 5,5 quilômetros de extensão. A via pública corresponde a 30% de todo sistema viário do loteamento.

Questionado se a rua será fechada ou se o município cedeu área pública para um investidor privado, o Departamento de Comunicação da Prefeitura informou que “até o momento não há definição”. Também disse não haver estudo ou previsão sobre a criação de uma rota alternativa para os 15 proprietários de áreas da região, uma vez que este é “um assunto indefinido”.

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