Luiz Tarantini
Olá alvinegros apostólicos romanos, muito obrigado por sua companhia semanal, nosso espaço é democrático e sua opinião é para nós, sempre foi e seá o mais importante. Gratidão pela sua participação nas redes sociais do “Passe de Letra”, assim como diariamente na Rádio Difusora AM 650. Após dez rodadas até que enfim conseguimos aqui fazer elogios verdadeiros e com propriedade sobre o futebol apresentado dentro de campo. Na partida desta quarta feira contra o São Caetano no Barão, o Nhô-Quim fez nos primeiros quarenta e cinco minutos mais do que havia apesentado até então na competição.
No empate sem gols contra a Portuguesa no Canindé, até teve certa consistência e proporcionou bons contra ataques deixando em alguns momentos a defesa da lusa de cabelo em pé, mas ficou somente nisso, pois sofreu uma pressão enorme do time rubro-verde e a trave em três oportunidades, mais a estreia “fantástica” de Paulo Vitor no gol, substituindo Beliato com uma entorse no joelho foram os diferenciais e garantiram o zero no placar.
A vitória no jogo-treino (essa seria a melhor definição) contra o RB Brasil no último sábado também no Barão com placar elástico de 3×0, não mostrou a realidade das ações, apesar de todo favoritismo, o XV conseguiu ser dominado em boa parte da partida, e se não contasse com a falta total de experiência do time que te dá asas, a história poderia ter sido diferente. Os meninos do RB tocavam a bola com muita facilidade e chegavam na cara de Paulo Vitor em boas condições de finalização, mas a juventude e o excesso de virilidade e individualidade forçavam o erro e o Nhô-Quim construiu o placar em lances de bola parada e já no apagar das luzes um gol de cabeça do atacante Michel (já havia perdido uns três gols feitos) sacramentou o placar final.
Nesta partida emblemática contra o São Caetano algoz do alvinegro nos últimos cinco anos, o futebol do XV apareceu e a vitória maiúscula construída ainda no primeiro tempo deu um alívio no torcedor e imprensa, trazendo esperança para a sequencia da competição. Mesmo que aos trancos e barrancos o Nhô-Quim figurava na quarta colocação da tabela com dezesseis pontos e o azulão aparecia na oitava colocação com quinze pontos, a vitória daria ao vencedor um salto na classificação e deixaria o adversário bem atrás na pontuação.
Com Paraiba, Ferreira e Ednilson no meio campo Roberto Cavalo parece ter encontrado a formação ideal para o setor, o XV atacava com força e rapidez, e sem a bola se defendia por setor preenchendo todos os espaços do campo, o São Caetano não conseguia trocar passes e Paulo Vitor foi mero espectador durante os noventa minutos. A defesa do Nhô-Quim muito consistente neutralizava todas as investidas do azulão que irritou e enervou seus jogadores fazendo com que estes perdessem a cabeça ao ponto de discutirem e chegarem aos empurrões durante a partida. O arbitro Vinícius Furlan fez vista grossa para não prejudicar ainda mais o perdido time de São Caetano em noite muito infeliz.
Com a terceira colocação na tabela, faltando quatro rodadas para o final, o Nhô-Quim precisa de mais dois pontos para estar entre os oito primeiro que passam para próxima fase e ai sim inicia de verdade a luta pelo acesso. Lemense já neste sábado fora de casa, Portuguesa Santista, Taubaté e finalizando esta fase classificatória contra o Primavera no Barão são os compromissos do alvinegro Piracicabano.
Se mantiver a pegada que o time apresentou nesta última apresentação, mais um detalhe de estratégia e jogadas ensaiadas principalmente em bolas paradas, o XV pode surpreender e figurar lá no final entre os dois primeiros com o merecimento de voltar a elite do futebol paulista. Os elogios de agora são verdadeiros, assim como foram as criticas quando merecidas, ninguém torce ou joga contra, só queremos que o trabalho e todo planejamento esteja sendo colocado realmente em prática, já não dá mais para apoiar em tantas muletas.