Estórias de um reinado
Os moradores mais antigos de um reinado não tão distante lembram bem das histórias de um reizinho, que foi deposto e sucedido por um ancião. E que, anos depois, deixou o trono para um boneco recém criado: Marnóquio. Gepeto viu sua criação crescer e se destacar no reinado. Com grande desenvoltura, Marnóquio cresceu e passou anos e anos sentado no trono. Para conquistar tal feito, colocou muitos de seus concorrentes no bolso.
Mesmo com anos de reinado por seguir, muitos já cobiçam o trono que em breve ficará vago. Alguns técnicos, com conhecimento de área, mas sem tanto carisma. Outros que surgem mais como bobos da corte, fazem algumas gracinhas em busca de cinco minutos de fama. Até mesmo Gepeto, observando o sucesso de sua criatura, que sentir o gostinho de ser rei.
Fato é que uma mocinha, chamada por Dama de Aço, fez a corte estremecer. Logo em sua primeira batalha deu muito trabalho para Marnóquio continuar sentado em seu torno. E, ao melhor estilo William Wallace, que depois da derrota para os lordes ingleses percorreu a Escócia sem fazer alarde, conquistando pequenas vitórias e levantando um exército valoroso para a próxima batalha, a mocinha tem percorrido o reinado em busca de apoio.
Com o propósito de levantar um nome para suceder Marnóquio, a corte tem se mostrado rachada, cada um defendendo seu cavaleiro na busca pelo trono. Até mesmo alguns bobos da corte, vendo a oportunidade de se tornarem reis, tentam levantar seu nome à custa dos outros. Brigam em busca da paternidade de atos do reinado que são do novo reizinho, mas sem vergonha ou pudor, tentam fincar seus estandartes em terras aparentemente vagas.
Essa estória promete muitos e muitos capítulos vindouros.
Pedido de paternidade
Um estranho hábito que alguns vereadores insistem em manter é tentar assumir a paternidade de algumas ações ou obras realizadas pelo Poder Executivo. Essa coluna já trouxe, em edições anteriores, a falta de combinação entre vereadores para indicar a execução da construção de ciclovia entre o Portal Pile Degaspari e o Clube de Campo de Rio das Pedras.
A Prefeitura iniciou a construção da ciclovia no dia 29 de setembro, de acordo com a placa instalada no local. Nessa semana o vereador Rosildo Show de Bola (PSB) gravou vídeo afirmando que solicitou a construção da pista destinada a bicicletas por meio da indicação 385, de março de 2025.
Em agosto, por meio da indicação 849, os vereadores Rosildo, Ana Paula Taranto (PP), Edison Marconato (Republicanos), Emerson Vieira (PSB), Professor Geraldo (PSD), Nivaldo do Depósito (Republicanos), Sostenes Lima (PSB) e Max Prestes (PP) refizeram a solicitação para a construção da ciclovia.
Emerson Vieira voltou a apresentar pedido para construção da pista em setembro deste ano, por meio da indicação 1.025.
Fato curioso é que o registro de responsabilidade técnica da obra foi feito em março de 2022. O projeto autenticado em junho do mesmo ano. Já o memorial descritivo, assinado pela Secretaria de Obras de Rio das Pedras, tem data de 13 de julho de 2023.
Qual seria o objetivo de tanta briga pela “paternidade” da obra? Ludibriar o eleitor fazendo indicação de uma obra que já estava em vias de ser executada para dizer que tal benfeitoria foi ideia sua?
Cabe ressaltar que todas as informações de datas relacionadas a essa obra estão publicadas nos sites da Prefeitura e da Câmara. Contra fatos não há argumentos.
 
 








