Novela do material escolar
É verdade que boa parte do público brasileiro gosta de novela — mas algumas tramas não geram emoção, apenas preocupação. A compra dos kits de material escolar, por exemplo, ganhará mais um capítulo no dia 11 de dezembro, quando a Prefeitura de Rio das Pedras realizará a abertura das propostas para fornecimento dos itens.
A tentativa de concluir o processo se arrasta desde o início de 2025. Diversos pedidos de impugnação, apontando irregularidades — e julgados procedentes — travaram o andamento por meses.
A insatisfação com a demora atinge pais e alunos, que expressam suas opiniões nas redes sociais e ecoaram o assunto até a Câmara Municipal. Houve vereador que, ainda em junho, questionou a ausência dos kits e dos uniformes escolares. A expectativa é que tudo seja entregue no início do próximo ano letivo, que começa no fim de janeiro de 2026.
Concurso para merendeira
A Prefeitura anunciou a abertura de concurso público para a contratação de 11 merendeiras: oito vagas de ampla concorrência, uma para Pessoa com Deficiência (PcD) e duas para Vagas Reservadas para Negros (VRN). Há ainda 22 vagas para cadastro reserva. O salário inicial é de R$ 2.577,40 para carga horária de 40 horas semanais, exigindo Ensino Fundamental completo.
As inscrições seguem até 22 de dezembro, ao custo de R$ 26,40. A prova objetiva será aplicada no dia 8 de fevereiro de 2026, das 8h às 11h, com gabarito divulgado no dia seguinte. O resultado final está previsto para 26 de março, e a homologação, para 27 de março.
Há anos não se realizava concurso para a categoria em Rio das Pedras. Outras áreas da administração também enfrentam defasagem, com servidores que deixaram seus cargos. Porém, até o momento, não há previsão de concurso para outros setores.
Assessores exonerados
Conforme antecipado pela coluna Bastidores da Política, os assessores dos vereadores que ocupavam o cargo de Chefe de Gabinete de Vereador, com salário bruto de R$ 3.371,54, foram exonerados.
A decisão teria sido motivada por apontamento do Tribunal de Contas referente ao excesso de servidores comissionados na Câmara.
Atualmente, o Legislativo conta com:
• 11 assessores parlamentares (R$ 4.861,04)
• 1 assessor parlamentar da Mesa Diretora (R$ 6.586,27)
• 1 diretor da Coordenadoria Legislativa (R$ 6.586,27)
• 1 chefe de Gabinete da Presidência (R$ 7.318,08)
• 1 diretor geral (R$ 7.318,08)
• 1 coordenador jurídico (R$ 9.278,28)
Esses cinco últimos cargos são vinculados à Mesa Diretora, composta pelo presidente, vice-presidente, primeiro secretário e segundo secretário.
E não é que a Botam estava certa?
Seguindo a linha adotada pela Presidência da Câmara ao exonerar o segundo assessor dos vereadores, em atendimento ao Tribunal de Contas, vale lembrar: a então vereadora Vanessa Botam (PL) estava certa quando rejeitou o Projeto de Lei apresentado no início de 2023 que criava exatamente o cargo de Chefe de Gabinete de Vereador.
Na ocasião, ela foi a única parlamentar a votar contra a proposta.









