Cerca de um mês após o fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945, nascia Francisco Eduardo Marrano, justamente no dia de São Francisco de Assis, 4 de outubro. Coincidentemente seu avô materno se chamava Francisco (Taranto). Desta forma, os pais não tiveram dúvida e o batizaram de Francisco.
Seu nome significa “francês” ou “relativo aos francos”, derivado do latim “Franciscus”, e o nome também está associado a qualidades de generosidade, liberdade, um espírito aventureiro e caráter firme e audaz.
Marrano completou 80 anos no último dia 4 de outubro e festejou na companhia de todos seus familiares e parentes, relembrando sempre a origem italiana e as muitas fases de sua vida.
Liderança desde a juventude
Francisco Eduardo Marrano é filho do italiano Michele Antonio Cono Marrano (abrasileirado para Miguel Marrano e conhecido por todos como “Cona”) e de Lucia Taranto. Sua família passava certa dificuldade financeira, assim como a grande maioria naquele pós-Guerra, sobretudo porque era uma família grande, formada por 11 filhos, 9 sobreviventes.
Marrano, ainda criança, preferia trabalhar com seu padrinho, Horacio Limongi, na Fábrica de Bebidas Limongi, pois tinha facilidade de degustar todos os refrigerantes e outros produtos lá fabricados e, ainda, ganhava um pão quando passava na Padaria do Sr. Horacio para pegar a comida para dar aos gatos da Fábrica. Com tudo isso, algumas vezes subia até mesmo no telhado da casa para não ter que ir à escola.
O tempo passou e, com o apoio dos pais, passou a colecionar livros e estudar muito.
O estudo o levou a ser telegrafista e radiotelegrafista da antiga “Estrada de Ferro Sorocabana”, através do Curso de Formação de Telegrafistas realizado na Estação de Itaici, com 14 anos, entre 1959 e 1961. Ingressou efetivamente no serviço na ferrovia em 1963, quando completou a maioridade civil, tendo iniciado o serviço na Estação de Mairinque, depois Estação de Convenção e posteriormente Estação de Pimenta e, finalmente, em Rio das Pedras no final de 1964, quando iniciou o preparatório com a Professora D. Marta Valerine para ingressar no Ginasial do “Macone” com 21 anos. Isso acabou por incentivar o então colega de serviço, Leonel de Souza, com 33 anos, a também a prestar o exame para frequentar o Macone, estudando nos cadernos de Marrano.
Em 1972 prestou vestibular na UNIMEP, vindo a se graduar em Administração e, posteriormente, Economia.
Posteriormente veio a prestar concurso público para Servidor Público do Estado, atuando na Secretaria da Fazenda e trabalhado por anos na capital paulista e em Piracicaba.
Sua inteligência, humildade e carisma o fizeram ingressar ainda muito jovem na vida pública e política rio-pedrense, participando muito ativamente da vida social:
Na década de 60 foi Presidente do Grêmio Estudantil da Escola “Macone”, época em que as árvores do entorno da Escola foram plantadas. Neste período participava da Fanfarra da Escola e também era Diretor da Banda Antenor Cortelazzi.
Nos anos seguintes veio a fazer parte da Diretoria da Sociedade Cultural Riopedrense (como Secretário) e também foi Sócio-fundador (1º Secretário) do Clube de Campo de Rio das Pedras, ocasião em que elaborou o Estatuto Social do Clube.
Numa época em que os vereadores nem recebiam remuneração, Marrano foi eleito o Vereador mais votado em 1972, tendo sido Presidente da Câmara no 1ª biênio e vice-Presidente no 2º biênio, ocasião que foi eleita a Câmara Municipal do Estado mais jovem, com média de 26 anos e também o Prefeito mais jovem do Estado com 20 anos; em 1976 foi candidato a Prefeito, tendo como candidato a vice Amauri Gomes, oportunidade que foi o mais votado, porém, devido ao sistema de votação, não foi eleito. Após muita articulação e formação de um novo grupo político, Marrano foi eleito Vice-Prefeito de Vitório Cezarino em 1988 e, posteriormente, em 1992, foi eleito o Prefeito mais votado percentualmente da história do Município, vencendo dois ex-Prefeitos que se revezaram no poder por muito tempo, e um jovem estreante na política.
Marrano participou ativamente das administrações municipais posteriores, atuando como Chefe de Gabinete do Prefeito e Secretário Municipal em diversas áreas (Saúde, Indústria e Comércio, Desenvolvimento Econômico, Segurança Pública, Cultura, Planejamento e Governo) e ainda hoje articula a política local, sempre buscando verbas para a cidade com deputados, senadores e governantes.
Marrano veio a se casar com Maria Catarina Modesto, com quem tem 3 filhos, Rafael, Eloah e Gustavo, e atualmente também tem 3 netos: Maria Eduarda, Angelina e Luigi.