Aplicativo SP Mulher Segura permite fazer boletins de ocorrência e traz botão do pânico

Aplicativo permite fazer boletins de ocorrência e traz informações sobre a rede de apoio. Foto: Divulgação

O aplicativo SP Mulher Segura, do Governo de São Paulo, é uma ferramenta gratuita que facilita o pedido de ajuda e o acesso a serviços de proteção para vítimas de violência doméstica. Ele faz parte da rede de proteção à mulher do Governo de São Paulo, que ganha destaque durante o Agosto Lilás.

O aplicativo SP Mulher Segura permite o registro de boletins de ocorrência 24 horas por dia e foi desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Outro diferencial da ferramenta é o botão do pânico, que pode ser acionado por mulheres com medidas protetivas que precisem de ajuda imediata. O pedido é registrado pela central da Polícia Militar, que envia socorro ao endereço geolocalizado pelo app.

O número de pedidos de medidas protetivas ajuizadas em favor de mulheres no estado de São Paulo subiu em 2025: de janeiro a julho, foram registrados 67.990 pedidos, um aumento de 22,3% em relação ao mesmo período de 2024.

O aplicativo SP Mulher Segura está disponível para dispositivos iOS e Android gratuitamente.

 

Uso do aplicativo SP Mulher Segura

  • Na página inicial, é possível acessar um menu com três opções:
  • Registro de Boletim de Ocorrência de Violência Doméstica contra a Mulher
  • Rede de Proteção
  • SOS – Botão do Pânico

 

Cabine Lilás foi expandida para o interior. Foto: Divulgação

O registro do Boletim de Ocorrência permite formalizar e documentar a situação sem que a mulher precise sair de casa, sendo uma alternativa mais segura. É necessário preencher informações básicas, como dados pessoais da vítima, grau de relacionamento com o agressor e quantidade de filhos. O registro é encaminhado diretamente para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

“A criação do aplicativo foi um grande avanço, porque permite que a mulher tenha informações sobre os serviços prestados pelos órgãos públicos em apoio à violência, além do botão do pânico: quando ela tem uma medida protetiva decretada, ela pode acionar o botão do pânico e imediatamente uma viatura será deslocada para o local de risco”, diz Adriana Liporoni, delegada e coordenadora das DDMs.

O botão do pânico permite acionar rapidamente a Polícia Militar em casos de emergência. A localização da vítima é enviada e, se o agressor estiver sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, o sistema cruza os dados por georreferenciamento. Se for detectada aproximação, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) é avisado e uma viatura é despachada para o local.

“É uma forma facilitada de solicitar a viatura. A equipe mais próxima vai ao local e a Cabine Lilás dá suporte fazendo contato com a vítima e verificando as características do agressor para uma possível abordagem”, explica a cabo Semíramis, da Polícia Militar.

A Cabine Lilás é um serviço especializado da PM localizado no Copom e que presta atendimento exclusivo a mulheres. Ele está disponível na capital, são José dos Campos, São José do Rio Preto, Bauru, Campinas e Sorocaba

Para acessar o SP Mulher Segura, é preciso realizar o login com a conta gov. É por lá que se identifica a existência de uma medida protetiva para a mulher.

O aplicativo também reúne links úteis sobre acolhimento e outros serviços disponíveis em diferentes municípios. Entre eles, estão os sites da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Secretaria de Políticas para a Mulher do Estado de São Paulo — na aba do protocolo “Não se Cale” e no Portal da Mulher Paulista.

 

Atendimento especializado

Em junho deste ano, uma mulher da cidade de Jarinu, interior de São Paulo, foi ameaçada por um ex-companheiro dentro de sua casa. Logo depois de acionar a Polícia Militar, uma policial mulher da Cabine Lilás assumiu a ocorrência, entrou em contato e orientou a vítima a fazer o download do SP Mulher Segura. Com isso, a vítima conseguiu fazer o registro do Boletim de Ocorrência de forma remota, sem precisar se deslocar até uma unidade policial.

“Primeiro você faz o Boletim de Ocorrência, depois pede a medida protetiva. Uma vez que você tiver medida protetiva contra ele (agressor), você consegue se cadastrar no aplicativo SP Mulher Segura e ter disponível o botão do pânico”, instruiu uma policial.

Durante cerca de 11 minutos de ligação, a policial instruiu como proceder com o registro das ocorrências, que envolveu ameaças à amiga da vítima. Os dados pessoais da vítima foram omitidos desta matéria por questões de segurança.

 

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