Trabalhadores de programa social reclamam a falta de EPI

Alguns beneficiários do Programa Bolsa Família Rio-pedrense – programa social também conhecido como Frente de Trabalho – reclamam das condições de trabalho oferecidas pela Prefeitura. Com medo de perder o benefício por retaliação, os trabalhadores procuraram por Jhonny Casarin, uma liderança popular que costuma falar nas redes sociais sobre acontecimentos da cidade.

“Recebi vários áudios e imagens de pessoas que fazem parte da frente de trabalho reclamando não ter Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Fui pessoalmente ver o trabalho deles e está feio. Eles não têm um avental, não têm bota, não têm proteção na canela. Está sendo um trabalho perigoso, tanto pela possibilidade de serem mordidos por animais. Também não têm óculos e nem máscara, não têm nada. E eles precisam se virar ganhando mil reais por mês e ainda correr atrás do equipamento para poderem trabalhar. Isso é desumano”, ressalta Jhonny Casarin.

Os trabalhadores que Casarin se refere são os que atuam no corte de mato em áreas da Municipalidade. “Eu estou precisando de um sapatão e uma perneira. Eu pedi para os responsáveis da Prefeitura, mas nem responderam. Se eu pisar em um prego com o meu sapatão, eu furo meu pé. Minha perneira, para parar na perna, eu uso uma borracha de câmara de ar para amarrar a perneira na minha perna. A perneira era minha, era nova e eu comprei pro meu uso. Como eles (Prefeitura) não tinham perneira, eu coloquei a minha para trabalhar. Agora destruiu e nem isso correm atrás”, afirma um trabalhador.

Bolsa Família Rio-pedrense

O programa social deveria ter caráter assistencial para atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, a ser coordenado pela Secretaria Municipal de Governo. O objetivo seria proporcionar ocupação, qualificação profissional e renda para até 150 munícipes, principalmente com idade entre 18 e 25 anos, integrantes de parte da população desempregada residente em Rio das Pedras.

Além de bolsa auxílio no valor limite previsto no Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), os beneficiários deveriam receber cesta básica padrão da Assistência Social e participar de cursos de qualificação profissional para inserção ou reinserção do beneficiário ao mercado de trabalho.

Os órgãos da Administração direta e indireta somente poderão utilizar o Programa Bolsa Família Rio-pedrense, conquanto não se haja o intento de se não promover a substituição de seus servidores ou empregados, nem rotatividade de mão de obra, tão pouco desempenhar atividades fim legalmente atribuídas ao Poder Público.

O que diz a Prefeitura?

A reportagem do Verdadeiro questionou a Prefeitura a respeito do fornecimento de EPI aos beneficiários do programa social. O Departamento de Comunicação informou que “há fornecimento de diversos EPI”, sem detalhar quais são.

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