Por que o ar está tão seco? Cidades registram umidade inferior ao Saara

O ar seco dos últimos dias foi uma queixa de diversos brasileiros. Nesta semana, pelo menos 244 cidades do país registraram uma umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara. O estudo foi feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e divulgado inicialmente pelo portal g1.

No deserto africano, a umidade varia entre 14% e 20%. Em dez cidades brasileiras, esse índice atingiu até 7% nesta terça-feira (3). Os dados foram revelados pelas estações de monitoramento do Inmet, que não estão presentes em todos os municípios do Brasil.
Rio das Pedras registrou um índice de umidade do ar em 19%, o que é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como estado de emergência. Os dados são do Centro Integrado de Informações Agrometereológicas (Ciiagro) e referem-se à mínima umidade de ar registrada entre as 7h de quarta-feira (4) e 7h de quinta-feira (5). Das cidades próximas, Saltinho registrou 15,2%, Mombuca 12,8% e Piracicaba 16,4%.


As baixas umidades são resultado das queimadas intensas registradas em todo o estado de São Paulo e do período de estiagem severa. Além disso, há alguns fatores que também são culpados, como a temperatura alta, que resultado de uma onda de calor que afeta boa parte do Brasil, e a seca histórica causada pela falta de chuva. Este movimento faz com que a umidade diminua a um dígito em certas cidades.

Como cuidar da saúde em meio ao ar seco?
De acordo com profissionais da saúde, as pessoas devem se hidratar, bebendo bastante água. Além disso, é importante hidratar as vias respiratórias e os olhos.

Cuidados pessoais
Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar ressecamento;
beba água durante o dia, mesmo que não sinta sede;
não coloque as mãos na boca, nariz e olhos;
pratique exercícios físicos antes das 10h e após as 16h para proteger-se do sol;
use cosmético com protetor solar para hidratar e proteger a pele;
aproveite o vapor da água do banho para lubrificar as narinas — respire fundo.

Qualidade do ar ruim
A qualidade do ar registrada em Piracicaba, segundo a Cetesb, é de 95 mg/m3 de partículas inaláveis, o que é considerado ruim. Entre os motivos, está a falta de chuvas.
Quanto à saúde, por conta do índice, de acordo com o Cetesb, pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idosos e crianças podem ter o agravamento de sintomas. É possível o surgimento de sintomas como ardor nos olhos, nariz e garganta, além de tosse seca e cansaço.

Risco de infarto e AVC
De acordo com o pneumologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Murilo Angeli Piva, o ideal é uma umidade de ar entre, pelo menos, 50% e 60%.
Dessa forma, é tranquilo para respirar e mantem as árvores brônquicas e as vias aéreas superiores umidificadas, é o normal”, diz o médico.
De acordo com o Dr. Murilo Piva, o cenário de baixa umidade de ar aumenta as doenças respiratórias e pode causar desidratação e doenças como infarto e AVC.
“Quando a pessoa fica desidratada, aumenta o risco de formação de trombos, de obstrução em artérias, aumenta o risco de infarto, de AVCs, de derrames. Isso porque você vai ter um sangue mais espesso, vai ter uma filtração renal um pouco menor, porque você não tem aquela abundância de líquidos para ajudar a tirar as toxinas do corpo”, explica o médico.

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